Enfrentando as crises com Competitividade, mais que um objetivo uma necessidade

Proporcionaremos um diagnóstico do atual cenário brasileiro. Esse diagnostico será desenvolvido a partir dos dados fornecidos pelo WEF (Fórum Econômico Mundial) que é reconhecido mundialmente como sendo a referência de medidas de comparação e fatores que afetam a competitividade e crescimento dos países. O Brasil oitava economia do mundo ocupa apenas o 58º lugar no ranking de índice de competitividade global do Relatório de Competitividade Global 2010-2011, desenvolvido pelo WEF, sobre 133 países. Mais como manter um bom índice de competitividade no meio da crise econômica? Como reduzir os impactos causados por essa instabilidade financeira?
Nesse Trabalho iremos focalizar a competitividade econômica do Brasil e quais as medidas tomadas para conseguir se manter competitivo na crise econômica. Mais para podermos entender melhor a competitividade atual do Brasil, iremos primeiro entender o que é competitividade e quais fatores causaram a crise econômica.

Mais o que é Competitividade?

Termo criado por Michael Porter em 1980 em seu livro “Estrategia Competitiva”. - E surgiu fundamentalmente do valor que uma organização consegue criar para os seus clientes a baixo custo e agregam benefícios superiores aos dos concorrentes. Mantendo a Organização numa posição vantajosa no mercado ou setor (publico/ privado) em que atua. Michael Porter identifica cinco forças competitivas que segundo ele, determinam a intensidade da competitividade em um determinado segmento ou área de negocio e é encontrado a partir da posição onde a organização pode se defender melhor das forças competitivas ou influenciá-las a seu favor. As cinco forças competitiva são; ameaças de novos concorrentes, pressão de produtos substitutos, poder de barganha dos compradores, poder de barganha dos fornecedores e a rivalidade entre os concorrentes.

Qual a causa da crise econômica?

A causa da crise foi o desequilíbrio na maior economia do mundo, os Estados Unidos. E os ataques de 11 de setembro têm a ver com isso. "Depois da ofensiva terrorista, o governo americano se envolveu em duas grandes guerras, no Iraque e Afeganistão, e começou a gastar mais do que deveria". Para piorar a situação, ao mesmo tempo em que o país investia dinheiro na guerra, a economia interna já não ia muito bem – uma das razões é que os Estados Unidos estavam importando mais do que exportando. Em vez de conter os gastos, os americanos receberam ajuda de países como China e Inglaterra. Com o dinheiro injetado pelo exterior, os bancos passaram a oferecer mais crédito, inclusive a clientes considerados de risco. Aproveitando-se da grande oferta a baixas taxas de juros, os consumidores compraram muito, principalmente imóveis, que começaram a valorizar. "A expansão do crédito financiou a bolha imobiliária, já que a grande procura elevou o preço dos imóveis",porem depois disso, chegou uma hora em que a taxa de juros começou a subir, diminuindo a procura pelos imóveis e derrubando os preços. Com isso, começou a inadimplência – afinal, as pessoas já não viam sentido em continuar pagando hipotecas exorbitantes quando as propriedades estavam valendo cada vez menos.
Nesse momento, faltou dinheiro aos bancos, que em um primeiro momento foram ajudados pelo governo americano. Só que, ao mesmo tempo, surgiram críticas a essa política de socorro aos banqueiros. Frente à pressão política, a Casa Branca decidiu que não ia mais interferir, deixando o banco Lehman Brothers quebrar. O fechamento do quarto maior banco de crédito dos Estados Unidos causou pânico e travou o crédito.


Países afetados diretamente pela crise

Dados da Folha Online

Quais as medidas que Brasil tomou para reduziu os impactos da crise econômica?
As autoridades do Branco Central no auge da crise tomaram medidas bastantes importantes para amenizar os efeitos da crise mundial sobre a economia brasileira. A taxa Selic foi reduzida em 5.0 pontos percentuais passando a ser a mais baixa dos últimos anos ficando em 8,75%, também foi diminuído o IPI sobre os produtos da linha branca e dos automóveis. Isso possibilitou o surgimento de mais de 90.000 empregos nestes setores da economia. Além da flexibilidade no uso pelos bancos dos depósitos compulsórios. Criando uma grande expansão do credito domestico induzido e incentivado pelo governo , a oferta de credito passou de 45,91% do PIB para 50,94% em cinco anos. Neste ponto , destaca-se também o papel exercido pelos bancos públicos, caixa e banco do Brasil.

Setores afetados com a crise econômica
De acordo com os estudos da CUT (Central Única dos Trabalhadores) mostra que os setores de autopeças, materiais elétricos, eletroeletrônicos e exportação foram os mais atingidos pela crise financeira internacional, e o menos atingido foi o da estética.

Posicionamento do Brasil em relação a crise mundial
O Brasil Priorizou o Merconsul e as relações comerciais com outros países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), com os países do oriente médio e da Africa diminuindo os riscos. Quanto aos efeitos das decisões governamentais entre as relações comerciais brasileira o Brasil diminuiu a concentração das exportações para os Estados Unidos de 25,4% em 2007 para 15,3% (redução de 40%), Impedindo perdas na exportação brasileira. Transformando O Brasil em um Pais emergente com alto grau de competitividade.

A Competitividade do Brasil

O relatório do WEF observa que, graças às mudanças ocorridas no País no rumo de uma política fiscal mais confiável e sustentável e também graças às medidas de liberação e abertura do mercado, que resultaram num ambiente mais favorável para o desenvolvimento, o Brasil conseguiu melhorar sensivelmente sua competitividade. Já está na metade de cima da tabela de classificação dos países analisados pelo WEF, que utilizou dados macroeconômicos conhecidos e entrevistou 13 mil executivos de empresas em 133 países. O Brasil ficou na frente do México e também da Rússia - que, com o Brasil, a Índia e a China, forma o BRIC -, que perdeu 12 posições. Entre os principais fatores que tornam o Brasil mais competitivo, o relatório cita o amplo e crescente mercado interno de consumo, um dos mais desenvolvidos sistemas financeiros da região, o diversificado e sofisticado setor de negócios e o potencial para a inovação. A existência de grandes empresas brasileiras que estenderam suas atividades para outros países, chamadas pelo WEF de "multilatinas", também foi citada no relatório como demonstração do potencial e da competitividade da economia do País, pois essa expansão no exterior resulta, sobretudo, de uma tecnologia e de uma organização empresarial superiores. O relatório ressalta, porém, que o Brasil ainda tem muitas carências que limitam sua competitividade e sua capacidade de combater a pobreza e a desigualdade de renda. Apesar de melhoras observadas nos últimos anos, o Brasil ainda ocupa as últimas classificações no que se refere a ambiente institucional, estabilidade macroeconômica, flexibilidade do mercado de trabalho, qualidade do ensino e saúde.
Conclusão
As medidas utilizadas pelas autoridades econômicas brasileiras, para enfrentar a grave crise mundial, surtiram os efeitos desejados e levaram o Brasil a ser um dos primeiros países considerados emergentes a sair da crise econômica, é claro que sofremos impactos da crise, mas conseguimos reagir no momento certo com decisões coerentes que fortaleceram nossa economia e aumentou nossa competitividade.

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